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Professores acusam gestores escolares de barrarem actividade sindical em Nampula

Arnaut Ângelo Naharipo, coordenador da Associação Nacional dos Professores (ANAPRO) na Região Norte, levantou sérias acusações contra as direcções das escolas em Nampula. Elas têm bloqueado a actuação da ANAPRO, alegando que a associação tem propósitos políticos, situação que Naharipo nega categoricamente. “Segundo o portal cartamz”, os gestores escolares, ao confundirem a associação com uma estrutura política, estão a exigir “credenciais” para permitir qualquer interacção com os docentes.

Naharipo destacou que as escolas em Nacala-a-Velha, Erati e Angoche são as que mais têm criado obstáculos ao trabalho associativo. Mesmo com a presença do governador de Nampula e o director do sector de educação na abertura do ano lectivo, que se manifestaram a favor de um trabalho coordenado, a prática no terreno tem sido bem diferente.

Em particular, o director da Escola Básica de 19 de Outubro recusou-se a receber o representante da ANAPRO, alegando falta de instruções dos Serviços Distritais de Educação. Contudo, a ANAPRO é uma entidade independente do governo, o que reforça a queixa de uma postura autoritária e desrespeitosa às suas funções legítimas.

Há já algum tempo que a ANAPRO aguarda uma resposta do sector de educação de Erati, sem sucesso. Para Naharipo, tal demora constitui uma violação da Lei do Direito de Acesso à Informação. A ANAPRO planeia então recorrer a outras instâncias para garantir que os gestores escolares cessem tais obstruções às actividades sindicais. Um despacho oficial, diz Naharipo, autoriza a associação a actuar livremente, ao abrigo das regras de sindicalização da Função Pública.