A República da Coreia anunciou, na sexta-feira passada, a concessão de um milhão de dólares para auxiliar as vítimas de terrorismo e desastres naturais em Cabo Delgado, como parte do Projecto da Organização Internacional para as Migrações (OIM). Este montante, de acordo com o anúncio feito em Maputo pelo Embaixador Bok Kang, visa fornecer alívio imediato aos deslocados internos da região.
Esta assistência não se restringe apenas às necessidades humanitárias urgentes. Ela também visa fomentar soluções a longo prazo através do desenvolvimento regional. Parte desta doação será canalizada para fortalecer a Matriz de Rastreamento de Deslocamentos da OIM, ferramenta crucial para monitorizar as populações deslocadas e aprimorar as respostas. Segundo o portal “opais”, Bok Kang sublinhou a importância da colaboração entre a República da Coreia e a OIM neste contexto, para reforçar a capacidade colectiva em atender tanto as necessidades imediatas como as de longo termo das comunidades afectadas.
Além disso, Bok Kang reiterou o compromisso contínuo da Coreia em apoiar Moçambique, não só através de assistência humanitária mas também pelo desenvolvimento de diversos projectos. Exemplos incluem a construção do Hospital Central de Quelimane e a provisão de equipamentos médicos essenciais, juntamente com formação para profissionais de saúde.
Dinis Dinis, gestor do Programa de Abrigo, esclareceu que o projecto conta com a contribuição de múltiplos doadores, que participam na reconstrução de infra-estruturas e na restituição da dignidade humana. Este empreendimento exige um investimento significativo para alcançar o maior número de deslocados possível, dependendo sempre dos fundos disponíveis.
A distribuição da ajuda é feita com base em levantamentos cíclicos realizados pela OIM, que identificam onde os deslocados estão concentrados e permitem compreender as suas principais necessidades. Desta forma, são definidas as áreas de intervenção prioritárias em cada distrito seleccionado, sendo que “o seu raio de abrangência é totalmente diferente”. O projecto em questão, promovido pela OIM e financiado pela República da Coreia, está em execução desde finais de 2024.