Home / Tecnologia / Dia do Trabalhador: OTM-CS quer salário mínimo calculado em função de uma cesta básica de mais de 42 mil meticais

Dia do Trabalhador: OTM-CS quer salário mínimo calculado em função de uma cesta básica de mais de 42 mil meticais

Título: Sindicato Moçambicano Exige Revisão do Salário Mínimo em Função de Cesta Básica Elevada

A Organização dos Trabalhadores de Moçambique – Central Sindical (OTM-CS) reivindica uma revisão do salário mínimo no país, sublinhando que, de acordo com os cálculos efectuados para este ano, o custo de uma cesta básica destinada a uma família de cinco pessoas ascende a, pelo menos, 42.999 meticais. Esta constatação revela um fosso significativo face ao salário mínimo médio, que actualmente se situa nos 9.261 meticais. O salário mais baixo é verificado no sector das pescas, fixando-se em 4.942 meticais, ao passo que o mais elevado, de 17.881 meticais, é praticado no sector financeiro.

Neste contexto, a OTM-CS solicita que os empresários cujas actividades não foram impactadas pelas manifestações recentes considerem a negociação de salários mais justos e melhores condições de trabalho para os seus funcionários. No entanto, os trabalhadores celebram este Dia do Trabalhador sem qualquer ajustamento nos salários mínimos nacionais, adiamento justificado pela crise pós-eleitoral e outros incidentes subsequentes, que ditaram o adiamento do processo para o segundo semestre do ano. Espera-se que as medidas económicas em curso comecem a trazer resultados positivos nesse período.

Outra preocupação expressa pelo sindicato refere-se à falta de revisão anual das pensões de reforma dos trabalhadores do sector privado, administradas pelo INSS, e a resistência em algumas empresas, especialmente aquelas com capital estrangeiro, à formação de estruturas de diálogo social.

Adicionalmente, a retirada anunciada do IVA sobre produtos alimentares essenciais não tem, segundo o sindicato, conseguido baixar os preços, que permanecem elevados e inacessíveis para muitos.

Por outro lado, a corrupção nos órgãos do Estado é um fenómeno crescente, com mais de 300 casos reportados apenas no primeiro trimestre deste ano, o que agrava ainda mais as preocupações sociais e económicas. Segundo o portal cartamz, este panorama desafia tanto trabalhadores quanto empregadores a encontrarem soluções viáveis que promovam a equidade e o desenvolvimento sustentável no país.