Brice Oligui Nguema concluiu a transição de 19 meses no Gabão e foi formalmente empossado como presidente, após ter liderado um golpe que encerrou décadas de governo da família Bongo. Com uma vitória eleitoral esmagadora, conquistando quase 95% dos votos, o general tomou posse numa cerimónia no Estádio Angondje, situado no norte de Libreville.
O evento, que reuniu cerca de 40 mil apoiantes, contou com a presença de mais de 20 chefes de Estado africanos, como Adama Barrow da Gâmbia, Bassirou Diomaye Faye do Senegal, Ismail Omar Guelleh do Djibuti e Teodoro Obiang Nguema Mbasogo da Guiné Equatorial. Também marcou presença Felix Tshisekedi, Presidente da República Democrática do Congo. Segundo o portal opais, a cerimónia atraiu uma multidão significativa às ruas, evidenciando o apoio popular ao novo líder, com apresentações artísticas e um desfile militar programado ao longo da orla da cidade.
A tarefa que aguarda Oligui não é simples. A nação, embora abastada em recursos petrolíferos, enfrenta um estado alarmante de endividamento e necessita urgente de investir na modernização da sua infraestrutura e diversificação económica. Oligui, que ocupou anteriormente a posição de chefe da Guarda Republicana de elite, expressou uma mudança radical em relação às políticas passadas, afastando-se da governança dinástica que marcou o país por décadas.
Em entrevista à Al Jazeera, Oligui enfatizou o seu compromisso em “restaurar a dignidade do povo gabonês”, destacando a importância de um novo rumo que beneficie verdadeiramente a nação e o seu povo.