Título: Avaliação dos Primeiros 100 Dias de Governo do Presidente Daniel Chapo
O período inicial de qualquer gestão é frequentemente comparado a promessas de construção, com base na confiança entre duas partes: quem promete e quem recebe a promessa. Em analogia, podemos imaginar um pedreiro de bairro que assume o compromisso de erguer uma casa em cem dias, completando tarefas que incluem cimentação, cobertura, instalação de azulejos e outras obras menores. Findo o prazo, cabe ao proprietário avaliar o progresso e não ao pedreiro justificar suas ações.
Segundo o portal Carta de Moçambique, esse é o momento de o proprietário retornar à lista inicial de compromissos feita pelo pedreiro e confrontá-la com a realidade. O pedreiro, em tal cenário, assume um papel secundário, justificando-se apenas na medida em que o dono da obra julgar necessário.
A essência de uma promessa reside na responsabilidade transmitida ao receptor, assim como quando um pedreiro entrega verbalmente o projeto completo a seu cliente. Após cem dias, a iniciativa de revisão deve partir de quem confiou na promessa, colocando o pedreiro na posição de defender o seu trabalho.
Analogamente, num relacionamento conjugal, quando uma promessa de amor ou de fidelidade é feita, a responsabilidade crítica está com aquele que ouve e preserva a promessa. Quando surgem situações complexas, como a decisão por uma separação, a avaliação volta a figurar como protagonista, com os compromissos previamente assumidos guiando o debate.
Conforme argumenta Sérgio Raimundo, militar e autor da reflexão, esse ciclo de promessas, avaliação e justificativas permeia as diversas esferas da vida, incluindo a política. Sendo assim, os primeiros 100 dias do governo Chapo oferecem uma oportunidade para que a população e especialistas analisem as promessas feitas e as realizem com base no que foi efetivamente executado.