A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) iniciou esta semana a retirada das suas forças militares do leste da República Democrática do Congo, encerrando assim a sua missão de apoio ao governo de Kinshasa na restauração da paz e segurança na região. A presença das tropas da SADC foi crucial durante mais de um ano, tendo em vista combater a instabilidade causada, em grande parte, pelo grupo armado Movimento 23 de Março.
A decisão de retirar as tropas já havia sido delineada em Março, como parte de um plano aprovado na Cimeira Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo da SADC. Segundo o portal opais, a retirada das forças foi oficialmente lançada a 29 de Abril de 2025 e está a ser realizada por via terrestre, atravessando o território do Ruanda, com destino final aos respectivos países de origem dos contingentes, que incluem Malawi, África do Sul e Tanzânia.
O comunicado oficial da SADC sublinha que esta acção respeita a decisão da cimeira de Março, que determinou o término do mandato da missão e a retirada faseada das tropas. O documento também remete ao encontro realizado em Goma no final de Março, onde foram discutidos detalhes da operação de retirada.
Apesar da retirada das suas forças, a SADC reafirma o compromisso com a paz e segurança na região, e permanece empenhada em apoiar soluções diplomáticas e políticas que visem uma resolução duradoura para o conflito no leste congolês.
A situação de segurança naquela área continua a ser um dos principais desafios, especialmente devido à actividade do grupo Movimento 23 de Março, que tem sido responsável por episódios de instabilidade militar na região.